Parente disse que estava com a esposa no dia em que menina desapareceu. Ele está preso, mas cumpria saída temporária
O tio de Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, negou envolvimento na morte da criança, em carta divulgada nesta quinta-feira (31). As informações são do G1. O corpo da menina foi encontrado no dia 19 de março, três dias após desaparecer em Campo Limpo Paulista, em São Paulo.
Anderson Rogério Silva disse no texto que está preso e estava com a esposa e uma amiga no dia e horário em que a adolescente desapareceu. Ele cumpria saída temporária da prisão.
"[...] Falo com toda clareza que eu não deixei dívida nenhuma com o tráfico e com ninguém e falo de todo o meu coração que eu achei que essa minha saidinha seria igual as outras que passei com minha família. Infelizmente fizeram esse ato de covardia com a minha sobrinha. Estou preso por tráfico de drogas e tenho passagem por roubo, mas assassino de criança não", escreveu.
"No dia da minha saidinha eu saí de Bauru às 8 horas e cheguei em casa era 13 horas, e depois fui até o centro de Campo Limpo com a minha esposa e minha cunhada Renata para comer esfirra e por chamada de vídeo com a Luana eu vi a Lara e as irmãs dela, foi a última vez que vi a Lara", disse ele em um trecho da carta.
Anderson não é investigado pelo crime.
Lara morreu por traumatismo craniano com pelo menos quatro golpes na cabeça, segundo apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. Conforme o documento, ela foi morta com sinais de crueldade e seu corpo foi achado coberto de cal.
A arma do crime teria sido um martelo ou uma picareta. Os laudos ainda serão úteis para tentar encontrar o assassino, pois a perícia nas unhas da adolescente aponta vestígios de DNA.
SUSPEITO ESTÁ FORAGIDO
As circunstâncias da morte de Lara ainda são desconhecidas. O suspeito do assassinato, que não teve a identidade revelada, teve o carro periciado na segunda-feira (28). Ele foi visto em imagens de câmeras de segurança dirigindo um carro prata próximo ao último local que Lara foi vista com vida. Na última sexta-feira (25), a Polícia pediu a prisão temporária dele, que segue foragido.
O Caso Lara chocou os moradores da cidade do interior de São Paulo. A menina desapareceu no dia 16 de março, quando saiu para comprar refrigerante, em um mercadinho distante cerca de 600 metros de casa.
O inquérito do caso segue em segredo de justiça. A família da adolescente já foi ouvida por equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP), que investiga o caso.