Comissão de Transparência Eleitoral do TSE havia determinado que documentos deveriam permanecer sob sigilo. Mas, após vazamentos parciais, Corte decidiu divulgar íntegra do conteúdo.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quarta-feira (16) as perguntas formuladas pelas Forças Armadas e respostas elaboradas pela área técnica da corte sobre o processo eletrônico de votação.
Veja as respostas enviadas pelo TSE às Forças Armadas;
Na semana passada, em uma transmissão ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estava evitando responder perguntas feitas pelo Exército que apontariam “vulnerabilidades” nas urnas eletrônicas.
Inicialmente, a Comissão de Transparência Eleitoral do TSE havia determinado que as respostas enviadas às Forças Armadas deveriam permanecer sob sigilo.
No entanto, após vazamentos parciais do documento, a Corte decidiu divulgar o conteúdo na íntegra. A decisão de tornar público o material foi tomada em conjunto pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e pelos futuros presidentes do tribunal, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
Em entrevista ao programa "Em Foco", da GloboNews, o ministro Luís Roberto Barroso se disse "espantado" com o vazamento".
"Eu fiquei muito espantado de ver numa 'live' do presidente ele divulgando fatos que deveriam ter sido mantidos em reserva, porque essa era a palavra empenhada. Quando o presidente começa a divulgar, ele começa a mentir. Porque, na verdade, só havia perguntas técnicas. Como funciona isso, como funciona aquilo, quantas barreiras? E nós respondemos tudo. As perguntas vieram sob sigilo. A resposta foi sob sigilo. E aqui do TSE não vaza nada. Nós temos palavra”, afirmou o ministro.
De Moscou, para onde viajou a fim de se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre as respostas enviadas pelo TSE às Forças Armadas, durante entrevista à rádio Jovem Pan.
"Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE. Se procede, se o TSE tem razão ou se não tem razão e o porquê", declarou.