- Pílula antiviral da Pfizer reduz chance de hospitalização e morte em pessoas vulneráveis em 89%
- Em vacinados, redução de hospitalização é de 70% e não foram registradas mortes
- Pfizer enviou documentação para aprovação emergencial do Paxlovid ao FDA, nos Estados Unidos
Nesta terça-feira (14), a Pfizer divulgou os resultados do estudo da pílula antiviral Paxlovid, que poderia ser utilizado no tratamento da covid-19. Segundo informações do jornal New York Times, pacientes mais vulneráveis (não vacinados ou com comorbidades) que tomaram o remédio após três dias de sintomas tem 89% de redução no risco de internação e morte em decorrência da doença.
A Pfizer também informou que o medicamento indicou ser efetivo contra a variante Ômicron.
Segundo o estudo, pacientes que tomaram o Paxlovid depois de cinco dias de sintomas tiveram redução no risco de hospitalização e morte de 88%.
Entre aqueles menos vulneráveis, que já estão vacinados ou não são de grupos de risco, o medicamento reduziu em 70% riscos de internação e nenhuma morte.
A pesquisa foi feita com 2.246 pessoas, todas adultas, a maior parte infectada pela variante Delta. A maior parte dos casos adversos gerados pelo medicamento foram de leve intensidade.
O CEO da Pfizer, Alberto Boula, comemorou os resultados. “Esta notícia fornece mais corroboração de que nosso candidato a antiviral oral, se autorizado ou aprovado, pode ter um impacto significativo na vida de muitos, já que os dados apoiam ainda mais a eficácia do Paxlovid na redução de hospitalizações e mortes e mostram uma diminuição substancial na carga viral”, declarou.
Os dados foram enviados ao Food and Drug Administration (FDA), órgão dos Estados Unidos equivalente à Anvisa. A expectativa é que seja autorizado o uso emergencial do Paxlovid. Em caso de aprovação, o remédio será dado aos pacientes em duas doses diárias, ao longo de cinco dias.