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quarta-feira, maio 26, 2021

Preconceito religioso: mulher é impedida de adotar criança por ser cristã

Pelo Instagram, Juliana Ferron contou detalhes do episódio de preconceito que sofreu na tentativa de adoção

Um caso polêmico de discriminação religiosa aconteceu na última sexta-feira (21) na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Na ocasião, a ativista Juliana Ferron foi impedida de dar continuidade ao processo de adoção de uma criança, por ser cristã.


Em um vídeo compartilhado por Juliana no Instagram, a ativista narrou que estava em um processo na vara de Infância e Juventude de Passo Fundo e chegou a concluir um curso para a adoção de uma criança.


Ainda segundo Juliana, ela recebeu uma sentença por escrito, em que ela teria sido avaliada por uma psicóloga e uma assistente social. No documento consta que Juliana foi reprovada para ser mãe adotiva.



Preconceito religioso

Ainda segundo Juliana, a justificativa foi que ela possuía crenças religiosas que a desqualificariam para ser mãe adotiva.


“Nessa sentença eu fui reprovada pela justiça dos homens a ser mãe adotiva porque eu tenho crenças religiosas, ou seja, porque eu sou cristã”, disse Juliana no Instagram.


A ativista poderá recorrer da decisão, mas para isso terá que nomear um advogado e entrar com uma ação na Justiça nos próximos dez dias úteis.


No vídeo, Juliana ainda afirmou que não sabe se irá continuar no processo para adotar uma criança e que ficou frustrada com a decisão.


“Eu não sei o que eu vou fazer, não sei se vou dar continuidade a isso… Tem que pegar advogado e aí é uma função, eu não sei quanto isso demora, eu não sei quanto isso custa”, contou Juliana.


Orfanatos lotados

A decisão da Vara vem na contramão das necessidades dos abrigos públicos do país, uma vez que o número de adoções vem caindo ao longo dos anos.

Em Mato Grosso, por exemplo, o número de adoções chegou a cair 19% ao longo do ano da pandemia.