A crise entre o ex-presidente Lula e seu ex-ministro, Ciro Gomes, parece estar longe de acabar. O presidenciável pelo PDT afirmou neste sábado 20 que não vai deixar o petista ganhar em 2022 e o chamou de mentiroso.
“Há duas tarefas: A primeira é derrotar o Bolsonaro e, neste sentido, todos os democratas – pouco me importa se são de direita, de esquerda, de centro, se são de Marte, de Vênus, de Mercúrio –, todos temos a responsabilidade de criarmos um ambiente para isso. Segundo, é grande a necessidade estratégica deste momento. Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança”, afirmou Ciro em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.
O ex-ministro ficou em terceiro colocado nas eleições de 2018. No segundo turno, não apoiou o candidato do PT, Fernando Haddad, e foi viajar para Paris. Essa atitude gera muitas críticas de setores da esquerda a Ciro.
“Eu não fugi não, eu me senti moralmente obrigado a não sancionar mais essas contradições do PT”, justificou.
Ciro defendeu a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, mas deixa claro que isso não significa que Lula foi declarado inocente.
“Agora o Lula volta a ser um político para a gente examinar. Juridicamente, fez-se o melhor direito, mas não é que ele foi proclamado inocente, como ele, de novo, está mentindo”, disse.