O repasse de verbas do Ministério da Saúde para a Prefeitura de Fortaleza relativo a pelo menos três áreas para o mês de dezembro ainda não foi realizado, segundo a titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Socorro Martins. Ainda de acordo com a secretária, a segunda metade dos recursos para alta e média complexidade (MAC) referentes a dezembro, que não haviam sido transferidos pela União, foram assegurados na segunda-feira (21/12).
“Estão sendo depositados os 50% restantes da MAC, mas em compensação outros blocos que poderiam ter chegado ainda não vieram, como os blocos da atenção primária, da vigilância, da assistência farmacêutica”, disse. A gestora afirma que em algumas dessas áreas só foram encaminhados de 50% a 60% dos recursos, mas há setores que o comprometimento é de 100%.
“É grave a falta do recurso que já está preconizado a vir. Nessa questão do bloco da MAC foi importante o envolvimento dos secretários, gestores, prefeitos, governadores, porque acometia também a prestação de serviços das redes conveniadas. Hoje a gente não consegue dizer em qual área é mais grave (a questão do repasse) porque vai ver o que vai chegando. É preciso sensibilidade e compreensão, porque chegou esse valor da MAC. Temos que ver o pode vir”, ponderou.
O prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio ressaltou que as pendências nos repasses por parte do Governo Federal para a saúde não acontecem apenas na capital cearense. “Atinge todos os municípios. Isso inegavelmente impacta em abastecimento, insumos. A gente está fazendo um esforço, um malabarismo, pra mitigar os impactos negativos do atraso desse repasse”, declarou. Conforme RC, o problema foi gerado “por uma questão de fluxo de pagamento”.