O deputado Heitor Férrer (PSB) pediu, no tempo de lideranças da sessão plenária desta quinta-feira (05/11), que o Governo do Estado reveja a demissão de 1.200 vigilantes de escolas públicas estaduais e do Interior. O parlamentar disse que recebeu um apelo do Sindicato dos Trabalhadores dos Vigilantes, por meio do presidente Daniel Borges Silva, para que os parlamentes procurem impedir as demissões.
De acordo com o documento do dirigente sindical, a partir do próximo domingo, os vigilantes entregarão as chaves das escolas estaduais aos diretores. “Serão pais de família que estarão sem emprego, além de estar se abrindo uma avenida para a violência. Nem professor, nem aluno vão ter segurança”, acrescentou.
O parlamentar informou que o sindicato quer a intervenção dos parlamentares para tentar impedir que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) deixe de renovar os contratos com as empresas de segurança. A carta do dirigente informou ainda que mais de 600 vigilantes já haviam sido demitidos. “Isso só aumentará a violência, e deixará pais de famílias de desempregados. Parece que o Governo acha pouco o título do terceiro mais violento do País”, avaliou Heitor.
Em seu pronunciamento, o socialista destacou também a falta de recursos para a compra de materiais no setor estadual de saúde. Ele citou matéria publicada na imprensa que revela a falta de cateter no Hospital Geral de Fortaleza, que custa R$ 70,00, para a realização de hemodiálise. Segundo ele, pacientes estão morrendo porque os procedimentos não podem ser feitos sem o equipamento.
Em aparte, o deputado Joaquim Noronha (PP) considerou que há dois problemas sendo causados: são 1.200 pessoas perdendo emprego e a insegurança nas escolas públicas. “Serão quase quatro mil pessoas afetadas diretamente, e a segurança de professores e alunos que está sendo posta em risco”, avaliou.
O deputado Agenor Neto (PMDB) disse que a situação é grave. “Enquanto o Governo gasta R$ 240 milhões para a compra de carros de luxo para a Polícia, diz que não há dinheiro para pagar pessoal de vigilância. Nossas crianças e adolescentes irão ficar mais expostos às drogas, que vai fluir sem nenhum obstáculo nas escolas. É inadmissível essa posição do Governo”, enfatizou o peemedebista.
JS/CG
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Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa