O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Ceará se manifestou, por meio de uma nota, pedindo a proteção dos familiares das vítimas da chacina que vitimou 11 pessoas na Grande Messejana na última quarta-feira, 11. Tendo em vista que a entidade não se pronunciou a respeito de proteção para a família do policial militar soldado Valterberg Chaves Serpa, 32, também morto no dia 11, a Associação de Profissionais de Segurança (APS) informou que também irá pedir a proteção dos parentes do militar.
O presidente da APS, Reginauro Sousa, nenhuma entidade dos Direitos Humanos procurou visitar os familiares do soldado Serpa, então a associação deve solicitar ao Governo do Estado o apoio e a proteção para os familiares. Entre as linhas de investigação da chacina estão uma represália a morte do policial, a outra hipótese seria a execução de Lindemberg Vieira Dias e a prisão do Carlos Alexandre Alberto da Silva, 38, Castor. Com base nisso, a APS acredita que a família do policial também deveria receber proteção.
Nota
O Conselho Estadual dos Direitos Humanos divulgou, em nota, que defende a prioridade da investigação, o repúdio do caso pelo Governador do Estado do Ceará acerca da tragédia, a assistência do apoio, segurança e assistência aos familiares das vítimas da chacina por parte do Governo e da Prefeitura.
O conselho divulgou que "esta à disposição das famílias e das comunidades para colaboração na proteção dos direitos e no recebimento de denúncias, garantida as condições de sigilo", disse a nota.
"O número de vítimas ainda parece impreciso, bem como os diferentes episódios que ocorreram em toda a cidade, necessitando, pela ação deliberada e organizada do ato criminoso, serem expostos todos os incidentes registrados na madrugada e investigadas as possíveis conexões entre os casos", afirmou a entidade.
APS
No dia 11 de novembro, o presidente da APS se pronunciou no Facebook, antes da chacina, cobrando uma atitude por parte dos Direitos Humanos. "Ainda há tempo de irem visitar à família, saber como estão, prestar uma assistência. Ainda há tempo de fazer uma manifestação e cobrar uma atitude mais enfática do governo. Nós, policiais e bombeiros, também temos direitos humanos", divulgou.
Durante entrevista coletiva o governador Camilo Santana (PT) informou que determinou uma investigação rigorosa e que tomou medidas após circulação de um áudio que alertava para o risco de novos ataques.
O governador lamentou a morte das 11 pessoas e também a do policial morto durante tentativa de assalto, na Lagoa Redonda. A esposa do militar assistia a uma partida de futebol com o marido quando sofreu a tentativa de assalto e o soldado interveio, levou um tiro e morreu no local.
Fonte: Redação O POVO Online