Unidades médicas sem estrutura para o atendimento, fechadas por conta de obras intermináveis e desprovidas de condições sanitárias causam até pânico na população, que tem medo de adoecer e precisar do serviço. Diante da precarização do Sistema Único de Saúde, familiares se desesperam com a possibilidade de perderem seus entes. Já os pacientes se sentem relegados a própria sorte.
“A única alternativa que lhe resta é rezar pela vida do seu bebê, porque o aparelho de intubação está quebrado e não posso fazer nada”. As palavras proferidas pela médica que atendeu José Rafael, de apenas cinco meses, jamais serão esquecidas pela mãe da criança, Maria Torres.
No dia 29 de agosto, o seu bebê deu entrada no Hospital Maria Amélia, com quadro de infecção generalizada. Por falta de estrutura do único pronto-socorro infantil da cidade, a criança correu risco de morrer.
“Sem UTI, sem nada. Até os remédios que meu filho tomou foram improvisados por falta dos adequados”, desabafa.
