Para finalizar nossos muitos encontros em
Forquilha, apresento a vocês seu Manuel Lero, o Manelero. Irmão de criação de
nada mais nada menos, do que Renato Aragão, o Didi. Para quem não sabe, o Didi
é nascido em Forquilha, antes do município se emancipar de Sobral. Conhecemos
seu filho, que também participou do mini curso e nos acompanhou durante algumas
visitas de locação. Claro que sabendo do fato, fomos em busca deste senhor. Na
beira do rio está seu santuário de lixo, ossos e gordura. Ficamos espantados ao
vermos uma espécie de centro de reciclagem no meio da mata, porém, aquilo tudo
não é um lixão, nem mesmo centro de reciclagem, nem um espaço de guardar as
sobrar das produções cinematográficas de Forquilha. Feito um castelo de lixo
reciclável, ele amontoa milhares de ferro velho. Geladeira, fogões, micro
ondas, bicicletas, cadeiras, mesas, carros, freezers, molas, sofás,
computadores, impressoras e muito mais que possamos imaginar desse panteão que
compreendem os objetos de consumo. Muita coisa mesmo, espalhadas, algumas áreas
mais organizadas, divididas por objetos, outras bem menos. No meio disso tudo
ficam duas caldeiras, que ele e dois ajudantes retiram toda a gordura das ossadas
de animais para ferver e virar uma espécie de sebo. O cheiro é horrível! Após a
gordura ferver em grandes panelas de alumínios, eles coam e deixam esfriar. O
torresmo que fica ele também aproveita. A gordura é vendida para fazer sabão e
o torresmo e as ossadas para fazer razão para animais. É desse trabalho que ele
tira seu sustento, do qual parte deverá ser gasto com alguma sucata no decorrer
do dia. Pois segundo seu filho, quando ele anda nas ruas o pessoal fica
oferecendo e ele vai comprando. O resultado disso é impressionante. Ele nos
conta que quando está muito cheio, ele chega a vender apenas parte das sucatas,
mas a maioria vai ficando. Só carros ele tem seis, apenas um funcionando. Tem
também uma moto que ele mesmo construiu. Já construiu algumas, pois quando ele
é parado por uma blitz de trânsito e os guardas lhe pedem os documentos, ele já
vai dizendo, “podem levar, eu faço outra!”. Quanto a ser irmão do Didi, o que
ficamos sabendo é que ele é primo adotivo, que foi criado por uma tia do Didi.
Mas percebemos que era uma história meio mal contada. Quando o vimos, logo
vimos que ele era a cara do trapalhão. Achamos que ele é irmão de sangue,
porém, foi criado como um primo adotivo. No mínimo a família sabendo da
existência de uma possível aventura extraconjugal, resolveram assumir a criança
e passando a ser criado por uma irmã do pai do Renato Aragão. As fotos não
negam! Fonte: Diário Rogar - Estas e
outras no diário de notícia do pesquisador da pré-história Célio Cavalcante
membro correspondente da ACEJI e do Jornal Circular da cidade de Sobral-Ceará.
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