Uma operação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), realizada no último sábado (09/04) teve como resultado a prisão de um casal por tráfico internacional de esteroides e anabolizantes.

Dyego era piloto da TAM e trazia na mala as substâncias oriundas da Europa, México e Paraguai. Ele teria assumido o esquema após a prisão do português Carlos Miguel de Oliveira, em outubro do ano passado. Outras pessoas ainda são investigadas por participação no esquema que facilitava a entrada dos produtos no Ceará. Conforme as investigações, o material vinha, por exemplo, na própria mala de mão do piloto.
Com os suspeitos, foram apreendidos 6.490 comprimidos e 1.019 ampolas de esteroides e anabolizantes, além de seringas, agulhas e balança de precisão. O material era armazenado em um imóvel dele no Centro da cidade.
O piloto foi preso um dia após desembarcar em Fortaleza, quando comercializava o material. A investigação aponta que ele usava o nome de “John” para negociar com os compradores.
Segundo a Polícia, Dyego e Monikelly não possuíam antecedentes criminais. A companhia aérea TAM informou em nota, estar colaborando com as autoridades.
Prisão de português
O português Carlos Miguel de Oliveira fazia viagens de três em três meses à Lisboa, na Europa, para adquirir os medicamentos e os vendia, principalmente, para frequentadores de academias na Aldeota e proximidades.
Na época, homem foi preso com 6.700 comprimidos e ampolas de anabolizantes trazidos da Europa. O lucro anual de Carlos, segundo a Polícia Civil, era de R$ 600 mil por ano.
O crime de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais”, a quem “importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado”, é considerado crime hediondo, cuja pena de prisão varia de 10 a 15 anos.